1910 à 1912 - Um começo difícil
6 de agosto de 1910. Porto de Southompton, Inglaterra. Embarcava para o Brasil uma delegação de futebolistas britânicos, na maioria estudantes de famosas universidades, como Oxford e Cambridge. Era o Corinthian Team.O Corinthian Inglês
O escudo do Corinthian Team
O Corinthian Team enfrenta a A.A. das Palmeiras
Miguel Bataglia, o primeiro presidente
Esse terreno foi alugado. Pagariam 30 mil réis por mês! Não era pouco para um clube que acabava de ser fundado. Mas aqueles jovens cheios de vontade, saberiam como arcar com aquela responsabilidade.
Depois de comprar uma bola, que na época era caríssima, e fazer o primeiro treino, o Corinthians marcou o primeiro jogo, contra o União da Lapa, que na época era o bicho-papão da várzea paulistana. O jogo foi marcado para o dia 10 de setembro de 1910. A primeira equipe do Timão jogou assim: Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João de Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabi, César Nunes e Joaquim Ambrósio. O Corinthians perdeu por 1 a 0. Uma derrota com sabor de vitória. Animado com o seu primeiro jogo oficial, o Corinthians marcou um novo amistoso. No dia 14 de setembro, o clube desafiou o Estrela Polar, temível time da várzea.
Mesmo jogando contra uma forte equipe, o Corinthians não se intimidou e ganhou o jogo por 2 a 0. Luiz Fabi foi o homem que marcou o primeiro gol da história do Corinthians. O segundo gol foi marcado por Jorge Campbell.
Aos poucos, o Timão passou a ficar popular e ser um dos grandes da várzea paulistana. Assim, o clube se viu na obrigação de crescer cada vez mais. Faltava, então, se filiar na Apea (Associação Paulistana de Esportes Atléticos) ou na Liga Paulista.
Em 1912, apenas os clubes da elite faziam parte dessas associações do futebol paulista. Do lado da Apea estavam grandes como o Paulistano, A. A. Palmeiras, o Mackenzie e o Ipiranga. Já do lado da Liga Paulista faziam parte Americano, Germânico e Internacional.
O Corinthians pleiteava uma vaga junto à Liga, mas os inimigos do Timão estavam dispostos a não deixar o clube ingressar na divisão principal. Inúmeros obstáculos foram colocados a frente da gente corintiana no intuito de desanimá-la. Mas a gente alvinegra insistia com todas as suas forças. De nada adiantaram a idéia de querer acabar, de uma vez, com a persistência dos alvinegros. Idealizaram, então, uma eliminatória, certos de que o Corinthians não passaria por ela. Puseram dois grandes times adversários: Minas Gerais F. C. e São Paulo Sport Club.
E esses dois times foram indicados para enfrentar o Corinthians, numa eliminatória bem preparada para acabar de uma só vez, com as pretensões do Timão, pois ninguém, a não ser os próprios corintianos, acreditava nas possibilidades sequer de uma vitória do Corinthians. Foi tal a pressão e a guerra de nervos, que os próprios corintianos passaram a temer a histórica eliminatória.
Houve um sorteio para se ver qual seria o primeiro adversário do Timão. Quis a sorte que enfrentasse o Minas Gerais. Os inimigos do Corinthians sorriam satisfeitos e afirmavam que o Minas eliminaria o quadro dos operários, impondo-lhes uma surra inesquecível. A seguir, caberia ao Minas jogar com o São Paulo, já na festa de confraternização pela eliminação do clube corintiano.
Quando o Corinthians entrou em campo para a batalha contra o Minas Gerais, estavam com os nervos a flor da pele, cansados de ouvirem tamanha humilhação. Começou o jogo. A torcida estava em suspense. No começo, só deu Minas, mas depois, o Corinthians começou a se impor e não demorou para tomar conta do jogo. Todo o time passou a funcionar como uma máquina, fazendo surgir um gol espetacular, nos pés de Joaquim Rodrigues, que fez o povo corintiano vibrar. Aquele 1 a 0 permaneceu até o final do jogo, para desespero de todos os inimigos do time do povo. Não fosse o nervosismo dos corintianos, teriam ganho de muito mais. Mas isso é o de menos, o que interessava era a vitória. Um passo já havia dado. Faltava o outro.
anhar do São Paulo Sport Club, era uma tarefa difícil, mas não impossível. Era a grande batalha que iria decidir toda a sorte corintiana. Uma vitória seria a realização de um sonho.
Diante do ambiente que se criara em torno dessa partida, da responsabilidade que ela representava para ambos os lados, os dirigentes, os torcedores e os jogadores são-paulinos acabaram ficando com medo.
O jogo foi iniciado sob grande nervosismo das torcidas. Logo aos primeiros minutos, os corintianos passaram a demonstrar possuir mais categoria técnica e uma equipe superior.
Surgiu o gol do Corinthians! Fabi foi o seu autor. Delírio dos alvinegros! Surgiu o segundo! Novamente Fabi! Começava então a grande festa do Timão. O terceiro gol não se fez esperar. Péres foi quem marcou desta vez! Antes da partida terminar, o Corinthians fez a bola dormir no fundo da rede mais uma vez! Campanella era o herói! Logo depois, o juiz apitava o fim do jogo, para delírio da torcida corintiana presente. Os jogadores choravam nos braços da torcida. Foi assim que o Corinthians entrou na Liga Paulista de futebol. Estávamos, então, em 1912.
1913 à 1939 - Três décadas de glórias
Depois de ingressar na Liga Paulista com suas próprias forças, o Corinthians entra em 1913 para disputar seu primeiro Campeonato Paulista. A participação do clube não é das melhores. A campanha começou em 20 de abril, com uma derrota por 3 a 1 para o Germânia, no Parque Antárctica. Pior ainda foi o terceiro jogo, um mês depois, contra o Americano: derrota por 7 a 1.1940 à 1954 - O Campeão dos Campeões
Em 1940, o Corinthians ficou longe do sonhado tetra campeonato paulista: ficou em quarto lugar, sete pontos atrás do campeão Palestra. A melhor recordação daquele ano foi a participação na inauguração do Pacaembu, o maior estádio do país na época. O Corinthians venceu o Atlético-MG por 4 a 2, numa rodada dupla em que o Palestra Itália também venceu o Coritiba por 6 a 2. Recuperando-se do mau campeonato do ano anterior, o Corinthians consegue fazer novamente uma campanha brilhante em 1941 e chega ao 12º título paulista da sua história. O quarto em cinco anos. No ano seguinte, em 1942, o Corinthians não consegue o bicampeonato paulista, mas chega a duas importantes conquistas. A primeira delas foi a aquisição do campo do Guarani, que ficava ao lado do Parque São Jorge. Com isso, o clube aumentou o seu patrimônio, que já era grande. A outra glória foi ter vencido o Troféu Quinela de Ouro, realizado em março. O torneio era uma espécie de Rio- São Paulo e contava com os cinco principais clubes dos dois estados: Corinthians, Palestra Itália, São Paulo, Flamengo e Fluminense. Com três vitórias e um empate, o alvinegro conseguiu o valioso título. Com a saída de grandes craques como Teleco e Brandão, o Corinthians foi se enfraquecendo e aos poucos viu-se inferior aos seus dois maiores inimigos até então: Palestra e São Paulo. De 1942 à 1950, o Timão fica sem conquistar o Paulistão e ainda vê o Palestra ganhar três títulos e o São Paulo cinco. O timão amargou cinco vice-campeonatos, nesse, relativamente pequeno, mas incômodo jejum de nove anos. Em 1942 e 1943, o Corinthians fez boas campanhas nos campeonatos, chegando a vencer quinze dos vinte jogos que disputou. Mas acabava sempre perdendo na reta final. Em 1943, nem mesmo contando com os dois artilheiros do campeonato, Hércules, com 19 gols, e Milani, com 18, o Corinthians não teve como segurar o São Paulo. Nos anos seguintes, a mesma história foi se repetindo. A torcida começou a cobrar dos diretores do clube uma renovação no elenco. Um dos poucos que escapavam das críticas da torcida era Servilio. Artilheiro do Paulistão durante três anos seguidos, 1945, 46 e 47, o atacante baiano jogou no Corinthians durante dez anos e marcou 190 gols em 350 partidas. Em 1948, Servilio deixou o Corinthians, que terminou na modesta quarta colocação no campeonato.1955 à 1976 - Triste jejum
Após a espetacular conquista do título de 1954, a torcida não poderia imaginar que o clube entraria na pior fase de sua história. Mas apesar disso, o Corinthians teve um retrospecto considerado bom no primeiro dos 22 anos de jejum. Mais pelo que fez no final de 1955, já que no início dele, o Corinthians ficou na última colocação do Rio-São Paulo, que havia ganhado nos dois anos anteriores. A fraca campanha no torneio, nove jogos, uma vitória e cinco derrotas, não teve explicação lógica e deixou os torcedores preocupados. Porém, um torneio amistoso realizado após o Rio-São Paulo acabou trazendo a paz de volta ao alvinegro. A Taça Charles Miller, que contava com a presença de Palmeiras, Flamengo, Américo do Rio, Peñarol e Benfica, foi conquistada com muito brio. No ano seguinte, a única lembrança positiva do Timão é o atacante Paulo, artilheiro do Torneio de Classificação do Paulistão, com 19 gols. O ano de 1957 acaba dando apenas uma felicidade para o Timão. Em uma partida contra o Santos, em novembro, o clube conquista a posse definitiva da Taça dos Invictos, um troféu oferecido pelo jornal “A Gazeta Esportiva” ao time que ficasse mais tempo invicto no Paulistão. Com a saída dos principais atacantes do time, Carbone, Cláudio e Baltazar, a equipe viu-se obrigada a passar por uma reformulação. Porém, sem dinheiro em caixa e com poucas revelações vinda dos juniores, o Corinthians acabou se enfraquecendo. Os três goleadores encerraram a carreira e deram lugar para jovens como Índio, Zague e Roberto Bataglia. Com exceção de Zague, que foi artilheiro do time em 1958 e 1959, os outros atacantes não conseguiam marcar os gols que os antigos ídolos faziam. Assim, o Corinthians, em 1958, ficou em terceiro, tanto no paulista, quanto no Rio-São Paulo. Apesar de ter feito 93 gols no Campeonato Paulista, o Timão não impressionou. Afinal, a grande sensação do torneio era o Santos, de Pelé, que marcou 123 gols. Em 1959, Vicente Matheus assume a presidência pela primeira vez e começa fazendo mudanças. A primeira delas é colocar o técnico Sílvio Pirillo no comando da equipe. Em campo, porém, o alvinegro continua na mesma. Com um elenco limitado, termina o Rio-São Paulo em penúltimo, enquanto que no Paulistão fica apenas com o quinto lugar. Os maus resultados acabaram trazendo conflitos para o Parque São Jorge. O técnico Sílvio Pirillo se desentendeu com Luizinho e o atacante decidiu sair do clube, indo para o Juventus. Logo depois, o treinador perdeu o cargo. Em seu lugar entrou Alfredo Ramos, e em seguida Jim Lopes. Todos, no entanto, passaram e não deixaram boas lembranças. Em 1960, o Corinthians fez uma campanha modesta no Rio-São Paulo. Terminou na terceira colocação. A mesma do Campeonato Paulista, onde ficou atrás de Santos e Portuguesa. No começo de 1961, o Corinthians fez um amistoso contra o Flamengo, no Parque São Jorge, para inaugurar o sistema de iluminação de seu estádio. A goleada dada por 7 a 2 impressionou e deu ânimo para que a equipe buscar o título que não conquistava havia sete anos. Mas, passada a festa contra os cariocas, o alvinegro voltou à estaca zero. Os reforços que chegaram do Flamengo, Espanhol, Manoelzinho, Ferreira e Beirute, não convenceram e ainda fizeram com que o Corinthians virasse motivo de risos. “Faz-me rir”, nome de uma canção de sucesso cantada por Edith Veiga, virou o apelido do time. O folclórico Vicente Matheus, que assumiu a presidência do clube em 1959, começou fazendo de tudo para tentar tirar o Corinthians do jejum de títulos. Em uma tentativa desesperada, comprou o passe do atacante Almir Pernambuquinho, do Vasco, por cerca de 7 milhões de cruzeiros, uma fortuna na época. Muitos dizem que o cartola tirou o dinheiro do próprio bolso para trazer o jogador. Conhecido por sua fama de indisciplinado, o craque causou ciúmes no elenco, devido ao seu alto salário. Almir acabou não jogando bem e foi vendido no ano seguinte para o Boca Juniors, da Argentina. Justamente em sua estréia por lá, fez dois gols em cima do Corinthians, na goleada de 5 a 0 no estádio La Bombonera, em Buenos Aires. Matheus, que veio da Espanha em 1914 aos 6 anos, voltou a presidir o clube mais sete vezes: 1972, 1973, 1975, 1977, 1979, 1987 e 1989. Nesse período, conquistou dois dos mais importantes títulos do Timão: o Paulistão de 1977 e o inédito Brasileiro em 1990. Casado com Marlene Matheus, que também presidiu o clube, de 1991 à 1993, Vicente ficou marcado por suas frases, umas verdadeiras, outras, pura lenda: _”O Sócrates é invendável e imprestável.” _”Quem sai na chuva é para se queimar”. O ex-presidente morreu em 1997, de câncer, aos 88 anos. Com os constantes fracassos, os torcedores adversários cantavam o “Faz-me rir’ a cada jogo do Corinthians.O time do "Faz-me rir".
Em pé: Oreco, Valmir, Jaime, Sidnei, Ari Clemente e Gilmar.
Agachados: Miranda, Abib, Joaquizinho, Da Silva e Neves.
Timão virou Brasil.
Em pé: Oswaldo Brandão (técnico), Marcial, Clóvis, Maciel, Galhardo, Édson, Dino SAni, Edurado e Heitor. Agachados: Jair Marinho, Nei, Rivellino, Marcos, Flávio, Geraldo, José e Gilson Porto.
Garrincha com a camisa do Timão:
Jogou pouco e não obteve sucesso.
O fim do tabu
Em pé: Louro, Luís Carlos, Ditão, Diogo, Édson e Maciel.
Agachados: Buião, Paulo Borges, Flávio, Rivellino e Eduardo.
Debaixo de muita chuva, o Timão conseguiu eliminar
o Fluminense de Rivelino, um feito histórico
1977 à 1989 - O fim do jejum e a Democracia Corintiana
Depois da invasão do Maracanã e de fazer a final do Campeonato Brasileiro com o Internacional, o Corinthians entra embalado em 1977 e disposto a acabar com o jejum de 23 anos. No começo do ano, a equipe do Parque São Jorge faz sua primeira participação em Taças Libertadores da América. Com a condição de segundo melhor time do país, o alvinegro classificou-se para um grupo com Internacional, de Porto Alegre e os equatorianos Nacional e Deportivo Cuenca. Logo na estréia da competição, o Corinthians vem com mudanças na equipe. O técnico, chamado de burro pela torcida depois da derrota por 3 a 0, para o Guarani, no Pacaembu, é demitido. Em seu lugar, entra, pela terceira vez, Osvaldo Brandão, o mesmo que deu o último título ao Corinthians em 1954. Na sua estréia, dia 4 de abril, 80 mil pessoas foram ao Morumbi ver o empate em 1 a 1 contra o Inter. Os jogos seguintes, na Libertadores, porém, não foram tão bons para o técnico. No equador, derrotas por 2 a 1. Em Porto Alegre, outro fracasso: 1 a 0 Internacional. Com isso, o time apenas cumpriu tabela na competição, após vencer os dois jogos restantes no Pacaembu.1990 à 2005 - Anos dourados
No ano de 1990, o Corinthians ficou 34 partidas sem perder no Paulistão, mas deixou escapar a chance de fazer a final ao ser eliminado pelo Bragantino. Com o mesmo time, o Corinthians foi para o Brasileirão com remotas chances de fazer um bom papel. E a estréia comprovou isso: derrotas para o Grêmio, 3 a 0, e Cruzeiro, 1 a 0, em casa. Vicente Matheus novamente trocou a comissão técnica. Zé Maria saiu e deu lugar a Nelsinho Batista, vice-campeão paulista pelo Novorizontino naquele ano. Pronto. O time ganhou nova cara e, com raça, chegou ao título brasileiro de 1990, o primeiro do clube. Campeão Brasileiro, o Corinthians partia para uma missão maior: conquista a América e, talvez, o mundo. No primeiro semestre de 1991, o Timão manteve a equipe em três competições simultaneamente: o Brasileirão, a Copa do Brasil, e, a mais importante, a Libertadores da América.No começo, o alvinegro obtém alguns bons resultados. Porém, com o acúmulo de jogos decisivos, o Corinthians acabou se dando mal. Primeiro na Copa do Brasil. Depois de eliminar o ABC e Cruzeiro, o time pára no Grêmio, nas quartas-de-final.
Depois, é a vez de cair na Libertadores. Após passar pela primeira fase, num grupo formado por Flamengo e os uruguaios Nacional e Bella Vista, o Corinthians é eliminado pelo Boca Juniors, da Argentina. Por fim, no Brasileirão, a equipe termina no quinto lugar na primeira fase, fica fora das finais e perde a chance do bicampeonato nacional. Com a eliminação, Nelsinho cai e Cilinho assume.
No Paulistão, o time realiza uma boa campanha, mas perde afinal para o São Paulo.
Em 1992, depois de montar um time caro, com Edu Manga, Nílson, Nelsinho e Henrique, o Corinthians só decepcionou e não terminou nem entre os quatro primeiros no paulista.
Já no ano seguinte, em 1993, o time consegue armar uma boa equipe, novamente com o técnico Nelsinho, mas perde duas finais para o rival Palmeiras, no Paulistão e no Rio-São Paulo.
Para o Brasileirão, o Corinthians se reforça com Rivaldo, Válber e Leto, do Mogi-Mirim. Ficaram conhecido como o “Carrossel Caipira”. Sob o comando de Mário Sérgio, faz uma ótima campanha. Mas por uma derrota, para o Vitória, deixa de fazer a final contra o Palmeiras.
Em 1994, com Carlos Alberto Silva como técnico, é apenas o terceiro no Paulistão e ainda perde o meia Rivaldo, que vai para o Palmeiras. No Brasileirão, reforçado com Marcelinho, Casagrande, Branco, Souza e Célio Silva, o Timão chega à final, mas perde outra vez para o Palmeiras.
Mas 95 foi diferente. Com o time mais entrosado, O Timão ganha dois títulos e se vinga do Palmeiras no Paulistão. (ver "Títulos - Campeão da Copa do Brasil de 1995" e "Títulos - Campeão Paulista de 1995").
Em 1996, o Corinthians contrata o atacante Edmundo, do Flamengo, para tentar conquistar a Taça Libertadores.
No começo, o Animal chegou até a fazer boas apresentações com a camisa do clube, como na vitória por 5 a 0 no São Paulo, pelo Paulistão. Além dele, o time contava apenas com o talento de Marcelinho, que fez um dos gols mais bonitos de sua carreira, na Vila Belmiro. O meia recebeu de Tupãzinho, deu um chapéu de letra num zagueiro e completou de primeira, no alto do gol do santista Edinho. Esse gol mereceu uma placa do rei Pelé.
O começo do ano foi péssimo. No Campeonato Paulista, apenas a quarta colocação. Na Copa do Brasil, eliminado pelo Cruzeiro. Na Libertadores, é eliminado pelo Grêmio, que foi o campeão. Edmundo briga com a diretoria e vai para o Vasco. Para completar, o time de Valdyr Espinosa termina na modesta 12ª colocação no Brasileirão. De bom, só a conquista do troféu Ramón de Carranza, na Espanha.
Com a entrada do novo patrocinador, (Banco Excel), no começo de 1997, o Timão consegue formar uma equipe milionária. Chegam para reforçar o time craques como Túlio, Antônio Carlos, Donizete e André. No Paulistão, a equipe, treinado por Nelsinho Batista, não encontrou adversários e chega fácil ao título (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1997").
Para o Campeonato Brasileiro, Túlio e Marcelinho saem da equipe, mas chegam Rincón e Edílson. Apesar disto, o time vai mal das pernas e acaba sendo até ameaçado de rebaixamento.
O técnico Nelsinho cai, assim como seu substituto, Joel Santana. Apenas nas duas últimas rodadas, com o técnico Candinho, é que o time se safa do vexame, vencendo o Flamengo por 1 a 0 e o Goiás por 2 a 0, em Goiânia.
Para apagar a má campanha do Brasileirão do ano anterior, o time entra em 1998 contratando o técnico Wanderley Luxemburgo, o volante Vampeta, o zagueiro Gamarra e recebe de volta Marcelinho, comprado do Valência pela Federação Paulista de Futebol. O goleiro Ronaldo, descontente com o atual momento, deixa o clube após dez anos. Entra Nei.
No Paulistão, depois de ficar 13 jogos invictos, o Corinthians perde a chance de ser campeão invicto ao perder a final para o São Paulo, por 3 a 1.
Antes de disputar o Campeonato Brasileiro, o Timão participou da recém inaugurada Copa Mercosul. Foi simplesmente de doer: o pior time da copa, o lanterninha, com apenas uma vitória e um empate em seis jogos na primeira fase.
Para disputar o Brasileirão, o Corinthians contou praticamente com a mesma equipe. Apenas Souza e Célio Silva deixam o time.
E foi sensacional, liderando de ponta a ponta, até a conquista do título (ver "Títulos - Campeão Brasileiro de 1998").
O ano de 1999 começou também com um novo projeto Tóquio corintiano. Mas o clube perdeu o treinador, Wanderley Luxemburgo, convidado para treinar a Seleção Brasileira, e demorou a se acertar. Assumiu o cargo o auxiliar de Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira. Em sua primeira experiência como treinador, Oswaldinho teve que enfrentar muitas críticas. Foi substituído por Evaristo de Macedo, que durou pouco tempo. Caiu e voltou Oswaldinho, que dessa vez se firmou. Sua estréia foi justamente na segunda partida entre Corinthians e Palmeiras pelas quartas-de-final da Libertadores.
O primeiro jogo, o Palmeiras venceu por 2 a 0. Para continuar vivo, o Corinthians tinha que ganhar pela mesma diferença de gols para levar a decisão para os pênaltis. E foi o que aconteceu, com o placar de 2 a 0 para o Corinthians. Nos pênaltis, Dinei e Vampeta erram suas cobranças e perdem a classificação para o Palmeiras. E o inédito título novamente não veio.
Bastava agora o Paulista, já que também tinha sido eliminado na Copa do Brasil pelo Juventude, que viria a ser o campeão.
E a conquista veio, em uma final contra o Palmeiras (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1999").
O Corinthians entra no segundo semestre para disputar dois campeonatos: a segunda edição da Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro. Na Copa Mercosul, só consegue a classificação para as quartas-de-final através de um sorteio contra o Boca Juniors (ambos empataram em tudo na primeira fase). Nas quartas, pega o San Lorenzo, da Argentina. O Timão perde os dois jogos e se despede da competição.
No Brasileirão, vai com força total para tentar o tricampeonato. Foi o time que mais fez contratações: foram contratados o goleiro Dida, os zagueiros Nenê e João Carlos, o lateral César Prates, o volante Marcos Senna, o meia Luiz Mário e o artilheiro Luizão. Com um time desses, o título veio fácil (com umas doses de sofrimento, é claro), chegando ao tricampeonato (ver "Títulos - Campeão Brasileiro de 1999"). Foi o primeira vez que o Timão conquistou o Paulistão e o Brasileirão no mesmo ano.
O Corinthians entrou no ano 2000 com um único objetivo: conquistar o primeiro Mundial Interclubes da FIFA. Com sede no Brasil, foi realizado com os campeões de todos os continentes.
E o Corinthians conquista o mundo, de maneira sofrida, e se torna o primeiro (e até o final de 2005, único) campeão mundial reconhecido pela entidade máxima do futebol (ver "Títulos - Campeão Mundial da FIFA - 2000").
Depois dessa grande conquista, o Corinthians termina mal o 1º semestre. Na Copa do Brasil, escala os reservas em função da Libertadores e é eliminado pelo Botafogo-RJ. No Paulistão, é eliminado pelo São Paulo na semifinal.
Mas a grande tragédia foi a desclassificação na Libertadores, na semifinal. Como no ano anterior, o Palmeiras eliminou o Timão novamente nos pênaltis. O primeiro jogo foi um dos mais emocionantes jogos entre os dois times. Placar final: 4 a 3 para o Corinthians. No segundo jogo, o Corinthians começa perdendo, vira o jogo, mas permite uma nova virada, agora do Palmeiras: 3 a 2. Nos pênaltis, deu Palmeiras: 5 a 4. Marcelinho, o 6º maior artilheiro da história do clube com mais 177 gols, foi o responsável pela cobrança desperdiçada pelo Corinthians. O sonho de conquistar a América estava acabado, pelo menos naquele ano...
No segundo semestre, o timão foi muito mal e não conseguiu um bom desempenho na Copa Mercosul (o que não é nenhuma novidade). No Campeonato Brasileiro, que se chamou Copa João Havelange devido as “novidades” que os homens que comandam o futebol adoram inventar, o Corinthians também não teve um desempenho e teve que tomar cuidado para não ser rebaixado.
Disputando estes dois campeonatos, o Corinthians bateu um recorde. Pena que negativo. O time conseguiu a proeza de ficar 13 jogos seguidos sem ganhar. Foram 3 empates e 10 derrotas. Nestas 10 derrotas seguidas, o timão perdeu para o Atlético-PR, Portuguesa, Bahia, Guarani, Olímpia do Paraguai, Fluminense, Sport, Internacional, Cruzeiro e Juventude. Neste meio tempo, o Corinthians mudou várias vezes de técnico. Entrou Vadão, Everisto de Macedo, porém ambos caíram e entrou Darío Pererira. E com esse entra-e-sai, o Corinthians terminou o ano e não venceu...
O principal objetivo do Corinthians no começo do ano foi, no mínimo, inusitado: vencer uma partida urgentemente. O time já estava a 13 jogos sem ganhar e isto estava deixando jogadores e torcedores desesperados. O primeiro jogo do Corinthians no ano foi contra o Botafogo no Rio, no dia 17 de janeiro, num jogo válido pelo Torneio Rio - São Paulo. O resultado foi decepcionante: 3 a 3.
No Paulistão, o Corinthians estreou contra o Rio Branco de Americana, no dia 21 de janeiro. Jogando no Pacaembu, o Timão apenas empatou em 3 a 3 e perdeu nos pênaltis (as partidas terminadas empatadas no paulistão iam para os pênaltis e o time que vencesse somava mais um ponto) e não conseguiu a vitória tão desejada, aumentando para 15 os jogos sem vitória.
O próximo jogo foi contra o Flamengo, pelo Rio – São Paulo. O corintiano, no fundo de seu íntimo, sabia que aquela noite seria diferente. E foi. Num dos jogos mais emocionantes da história do “clássico das multidões”, o Corinthians venceu o Flamengo e quebrou um dos mais incômodos jejuns de sua história (ver "Jogos históricos - Corinthians x Flamengo - Torneio Rio-São Paulo de 2001").
A partir daí, o Corinthians teve altos e baixos. No torneio Rio – São Paulo não conseguiu a classificação para as semifinais. Agora, restava apenas o Paulistão.
O Corinthians começou terrível o Campeonato Paulista. Depois do empate frente ao Rio Branco, o time perdeu para a Ponte Preta e Portuguesa Santista. Só foi ganhar na quarta rodada, na estréia de Wanderley Luxemburgo no banco corintiano, substituindo Darío Pereira. E justamente contra o Palmeiras. O Timão mostrou raça e conseguiu uma bela vitória por 2 a 1. Depois disso foi só alegria, que culminou com a conquista do título (ver "Títulos - Campeão Paulista de 2001").
Paralelamente ao Paulistão, o Corinthians também disputava a Copa do Brasil, onde também estava se dando bem. Na primeira fase, derrotou o Joinville por 3 a 1 fora de casa e eliminou a partida de volta, já que na 1ª e 2ª fase o time visitante que ganhar por dois de diferença, não precisa jogar o jogo de volta. Na segunda fase, O Timão enfrentou o Goiânia fora de casa e ganhou por apenas 1 a 0, resultado que nçao eliminou o jogo de volta, que foi vencido pelo Corinthians por 3 a 1. nas oitavas, o Corinthians enfrentou o Flamengo do Piauí. Com duas belas vitórias (8 a 1 e 3 a 0), o Corinthians seguiu em frente para pegar o Atlético Paranaense.
O primeiro jogo, no Pacaembu, o Corinthians não jogou um bom futebol e apenas empatou em 0 a 0. No segundo jogo, na Arena da Baixada, todos esperavam uma vitória do time paranaense. Porém, a raça corintiana falou mais alto e o Timão venceu por 1 a 0.
Na semifinal, o Corinthians enfrentou a Ponte preta e não teve trabalho. Com duas vitórias (2 a 0 e 3 a 0), o Corinthians vai a sua segunda final da Copa do Brasil, contra o mesmo Grêmio que perdeu em 1995.
O primeiro jogo, no Estádio Olímpico, o Corinthians conseguiu um bom empate em 2 a 2, apesar de estar vencendo o jogo por 2 a 0. A segunda partida, disputada no Morumbi, o Grêmio foi superior e venceu por 3 a 1. Com essa derrota, o Corinthians perdeu a melhor oportunidade de se classificar para a Taça Libertadores da América. Agora, iria ter que vencer a Copa dos Campeões, disputada no Nordeste (onde conseguiu uma vaga pelo título paulista). Porém, o Corinthians não foi bem nesta competição e foi eliminado pelo Coritiba em duas derrotas. Ainda não fora daquela vez.
Além disso, o timão perdeu o meia Marcelinho, que foi dispensado do clube depois de discussões com jogadores e o técnico Luxemburgo.
No segundo semestre, o Corinthians não foi bem no Campeonato Brasileiro e ficou na zona intermediaria de classificação. Já na Copa Mercosul, o Timão começou bem e chegou nas semifinais. Entretanto, o time foi eliminado pelo San Lorenzo, da Argentina, e não conseguiu ganhar seu primeiro título sulamericano.
Em 2002, devido a mudanças no calendário futebolístico brasileiro, o Campeonato Paulista deixou de ser a principal competição. No lugar, ficou o Torneio Rio-São Paulo, que além dos 4 grandes de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) e do Rio (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco), contou com a participação de mais cinco equipes paulistas (Portuguesa, Ponte Preta, Guarani, São Caetano e Jundiaí) e três cariocas (América, Americano e Bangu). O último paulista e carioca cairiam para O Campeonato Paulista e Campeonato Carioca, respectivamente. Antes de começar os campeonatos, Luxemburgo é demitido e no seu lugar entra o técnico tetra campeão pela Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira.
E com uma tática perfeita, onde o time tocava a bola calmamente, de pé em pé, até chegar ao gol, o Timão conquista dois campeonatos, no intervalo de três dias: o }Torneio Rio-São Paulo e a }Copa do Brasil.
Para terminar o 1° semestre, o time ainda disputaria o inédito SuperCampeonato Paulista, envolvendo o campeão paulista (Ituano e os 3 melhores paulistas na primeira fase do Rio-São Paulo (Corinthians, Palmeiras e São Paulo).
O Torneio já começava na semi-final. O adversário do Corinthians foi o Ituano. Com uma derrota (2 a 0) e uma vitória por 3 a 2, o Corinthians perdeu no saldo de gols e deu adeus a competição. Mas isso não tirou a alegria dos torcedores, que ainda comemoravam a dupla conquista, que não é sempre que acontece.
O Corinthians entra no segundo semestre para disputar duas competições: A Copa dos Campeões (torneio que dava uma vaga na Libertadores) e o Brasileirão.
Na Copa dos Campeões, o Timão cai em um grupo com Fluminense, Paysandu e Náutico. Empata com Paysandu e Náutico e perde para o Flu, dando adeus a competição.
No Brasileiro, o Corinthians fez uma boa campanha e chegou em terceiro lugar na primeira fase, atrás apenas de São Caetano e São Paulo.
Nas oitavas de final, o Timão enfrentou o Atlético Mg. Venceu as duas partidas 9com diretio a um 6 a 2 em pleno Mineirão) e seguiu em frente, para enfrentar o Fluminense na semifinal.
O primeiro jogo foi no Rio e o Timão voltou de lá com uma derrota: 1 a 0. Mas o troco seria dado no Pacaembu. Jogando um futebol que só o Corinthians sabe jogar, o time venceu por 3 a 2, depois de começar perdendo e virar para 3 a 1. Estávamos em mais uma final de Brasileiro, onde o time pegou o Santos. Com duas derrotas (2 a 0 e 3 a 2), oTimão deixa escapar o tetra...
Mas tudo bem, não temos do que reclamar desse ano que foi um dos melhores da história.
O ano de 2003 veio pra confirmar a hegemonia corintiana no estado, com a conquista do 25º título paulista, um recorde absoluto.
Mas o time deu uma grande decepção: a eliminação, novamente, da Libertadores, onde o Timão perdeu para o River Plate os dois jogos.
O Brasileirão de 2003 começou com uma mudança radical: pontos corridos. O Timão não foi muito bem e não fez uma boa campanha. O campeão foi o Cruzeiro.
O ano de 2004 não foi muito bom para o Corinthians. No Paulista, fez uma camapnha pífia. Na última rodada, para escapar do rebaixamento, o Timão tinha que ganhar da Portuguesa Santista, no Pacaembu. Se perdesse, o São Paulo teria que ganhar o jogo. E foi o que aconteceu. O Timão perdeu o jogo, mas graças a vitória do São Paulo, permaneceu na primeira divisão. No Brasileiro, mais uma vez o time não faz uma boa campanha e vê o Santos se tornar bicampeão.
Antes de terminar o ano, o Timão assina uma parceria com um fundo de investimento ingles, a MSI. Assim que chega, o parceiro, comandado por Kia Jorabichian, faz uma contratação bombástica, que prometia antes de assinar o contrato: Carlitos Teves, ídolo argentino, artilheiro das Olímpiadas de 2004, pela Argentina, que foi a campeã.
Junto com Carlitos, chegou outras "estrelas": o zagueiro, também argentino, Sebá, Carlos Alberto (ex Fluminense), Roger, Gustavo Nery e Marcelo Mattos.
Além desses, o time contratou o jogador Mascherano, do River Plate, que, apesar de já contratado, só iria vir ao Timão no meio do ano.
No Paulistão de 2005, disputado em pontos corridos, o time sentiu o não entrosamento e chegou em segundo lugar, atrás do São Paulo.
Mas todo mundo sabia que esse time iria dar trabalho no futuro. Foi o que aconteceu no Brasileirão...
2006 aos dias atuais - Da queda à ascensão
O Corinthians entra no ano de 2006 com mais uma oportunidade de conquistar a Taça Libertadores. A torcida estava esperançosa, afinal, tínhamos um belo time, comandado pelo argentino Carlitos Tevez. Mas o que se viu foi mais um vexame continental. Mais uma vez, o Coringão foi elminado pelo River Plate, nas Oitavas. Mas essa não foi a única decepção do ano. No Paulistão, o Corinthians também não fez uma boa competição, chegando apenas em 6º lugar. Para piorar, após a Copa do Mundo, Tevez, Mascherano e outros jogadores deixam a equipe. Na sulamericaca e no Brasileirão, campanha discreta. Na competição sulamericana, chegou até as Oitavas, onde perdeu para o Lanús, da Argetina. No Brasileirão, apenas uma 9ª colocação. 2007. Nunca a Fiel imaginaria que esse seria o pior ano da história alvinegra... No Paulistão, mais uma vez o Corinthians deixa a desejar e chega em 9º. Na Copa do Brasil, tropeço perante o Náutico, nas oitavas. Na Sulamericana, outro vexame: Eliminação perante o Botafogo do Rio, logo na Primeira Fase. Mas isso não é nada perto do que estava por vir... O Corinthians inicia o Brasileirão com boas apresentações e vitórias importantes, como os 3 x 0 no Cruzeiro, em pleno Mineirão. Na 7ª rodada, o Timão era um dos líderes do campeonato. Mas a partir daí as coisas começaram a complicar. O time começa a perder pontos importantes e começou o rondar a zona de rebaixamento. Para piorar, o time começa a ser notícia nas páginas policiais. Kia, Dualib e Cia se complicam com investigações policiais. Em meados de setembro, Dualib entrega o cargo e assume Andres Sanches. Porém, dentro de campo, as coisas iam de mal a pior. O Corinthians colecionava vexames dentro e fora de casa: 3x0 para o Cruzeiro, 5x2 para o Atlético MG, 1x0 para o Paraná, 2z1 para o Sport, 1x0 para o Náutico, 2x1 para o Flamengo, 2x2 perante o Atlético PR. Isso foram alguns das muitas derrotas que o Timão obteve. A briga para não cair estava acirrada entre o Coringão e Goiás. 28 de novembro. Um dia que poderia ser um dos mais felizes da história alvinegra, pois era a oportunidade de sair de vez da ameação de rebaixamento. Corinthians x Vasco. Pacaembu. O clima não poderia ser melhor. A Fiel lota o estádio, com fogos, sinalizadores e energia. Era o dia da redenção! Penúltima rodada. Uma simples vitória deixava o Corinthians matematicamente livre da ameaça de rebaixamento. Em campo, um time esforçado, mas péssimo tecnicamente. Tentava, atacava e nada. O tempo passava, a torcida não parava de cantar, mas o gol não saía. Segundo tempo. 45 minutos para fazer um gol. E nada dele sair. Até que veio a ducha de água fria. 18 minutos. Alan Kardec faz o gol que cala o Pacaembu. A Fiel não acredita no que vê. E chora. Chora por saber que agora "só" restava vencer o Grêmio, em pleno Estádio Olímpico, no domingo, ou torcer por uma derrota do Goiás parante o Inter, no Serra Dourada. O mesmo Inter que ainda não aceitava a perda do título de 2005. E chega o fatídico dia. 2 de dezembro. Olímpico lotado e todo o Brasil (inclusive torcedores do Internacional) torcem pela queda do Timão. Logo a 1 minuto de jogo, o Grêmio abre o placar, com gol de Jonas. Aos 28, ainda do primeiro tempo, Clodoaldo empata para o Timão. No Serra Dourada, o Inter faz o primeiro gol, mas toma o empate logo em seguida. Porém, o lance de maior suspense ainda estava por vir. Penalti para o Goiás. Paulo Baier cobra e o goleiro do Inter defende. Mas o juiz manda voltar, alegando que o arqueiro colorado se adiantou antes da cobrança. O mesmo Paulo Baier cobra. O mesmo goleiro defende. E o mesmo juiz manda voltar. Aí não tem jeito. A Fiel não acredita. E depois falam que o Corinthians é sempre beneficiado pela arbritagem. O Goiás troca o cobrador. E ele faz. Goiás 2 x 1 Inter. Enquanto isso no Olímpico, o Corinthians não demonstrava o menor sinal de reação. 43 minutos. A Fiel já começa a chorar. 49 minutos. O juiz apita o fim do jogo. O Corinthians é rebaixado para a Segunda Divisão do futebol brasileiro. A Fiel chora, mas logo as lágrimas são substituídas por gritos e promessas de amor. Em meio a sentimentos de tristeza, paixão e esperança, um grito ecoa nas arquibancadas do Estádio Olímpico: "Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo! Eu sou Corinthians!" E realmente nunca o abandonaram. No dia seguinte, dia 3, após as imensas gozações e tirações de sarro dos rivais no trabalho, escola e nas ruas, o corintiano sabia: o ano não seria tão ruim assim. No dia 5 de dezembro, é apresentado o novo técnico do Timão, responsável por levar o time de volta a Série A do Brasileirão: Mano Menezes. Junto com ele, a diretoria traz diversos jogadores, como Douglas, Chicão, Elias, André Santos, entre outros. O Marketing do Timão inicia uma série de campanhas, que foram verdadeiros sucessos, entre elas, a camiseta "Eu nunca vou te abandonar", a 3ª camisa de jogo, na cor roxa, com o slogan "Só o corintiano é rouxo", etc. O ano de 2008 começa com a Fiel apreensiva. Era o ano da subida. O timão TINHA que subir. Mas antes de iniciar sua saga na segunda, o Timão disputa o Paulistão. O time até que vai bem e chega na última rodada com chances de classificação para as semifinais. Mas uma derrota por 3 x 2 frente ao Noroeste termina com as chances do Coringão do torneio estadual. Na Copa do Brasil, o Corinthians faz uma boa campanha. Após emilimiar Barras do Piauí, Fortaleza, o Corinthians pega o Goiás nas oitavas. Com uma derrota por 3 x 1 no primeiro jogo, disputado no Serra Dourada, todo mundo já dava como certa a eliminação alvinegra. Mas aqui é Corinthians. Com um primeiro tempo arrasador no jogo de volta, o Timão faz 4 x 0 no Góías e parte para as quartas, onde enfrentaria um antigo algoz: o São caetano. Mas dessa vez eles não tiveram chance: duas vitórias corintianas (2x1 e 3x1) e vaga na semifinal, contra o Botafogo, do Rio. Com derrota por 2x1 fora e vitória pelo mesmo placar em casa, o jogo vai para os penaltis, onde Felipe se consagra e leva o time para a final da competição. Nessa altura do campeonato, a Série B já estava no início e o Corinthians seguia firme rumo a elite. Voltando à Copa do Brasil, o temido Sport (que já tinha eliminado Palmeiras, Inter e Vasco) seria o adversário da final. E dessa vez não deu para o Coringão. Com uma vitória por 3 a 1 no Morumbi e uma derrota por 2 x 0 na Ilha do Retiro, o Corinthians dá adeus ao sonho do título. Mas o Corinthians não se deixa abater e segue rumo à conquista da Série B, onde sobra na competição e bate recordes atras de recordes.Ver "Campeonato Brasileiro Série B 2008". Após a conquista do acesso e do título, a Fiel respira aliviada. Mas não sabia que o ano ainda reservava uma das maiores alegrias dos últimos tempos. 9 de dezembro. O Corinthians anuncia a maior contratação do futebol brasileiro: Ronaldo Fenômeno. O assunto é manchete no mundo todo. O título da Série A do São Paulo, conquistado dias antes, é totalmente ofuscado pelo Corinthians e Ronaldo.
Ronaldo com a camisa do Timão!
Apresentação do Ronaldo Fenômeno